domingo, 12 de outubro de 2008

O que eu sei ninguém me disse! (série paixõezinhas)

Os dias caem saborosamente leves materializando caminhos que antes só existiam em minha mente,
a sensação é a do primeiro amor, da primeira carta escrita, das poucas palavras;
A comunicação se faz por trás de rostos felizes e envergonhados,
e se evidencia com as atitudes espontaneamente incontroláveis.
Sinto que está tudo ali, eu e você, corações sintonizados, interligados.
O abstrato ainda é nosso mundo, antes eu temia ser isso minha ilusão,
porém vejo a mesma chama acesa em teus olhos.

Em todos os momentos me pedes cuidado, exalas medo quando me aproximo bastante. Tua reação é sempre a mais agressiva, antes isso me assustava, hoje não mais.Comprova apenas o medo que tens de que te invadindo eu me reconheça dentro de você.
Enquanto na frente do resto do mundo permitimo-nos viver esse sentimento fingindo estar brincando, a sós fingimos ser desconhecidos, o frio na barriga, o medo de que as nossas vontades
mais profundas usem nossos corpos para concretizar o que já sabemos, arrepia.

Muito desejo e sentimento invade todos os lugares onde vamos,
teus risos, trejeitos, expressões conheço todos, sei decifrá-los melhor que qualquer um.
Quando te toco e sinto teu corpo a me expulsar percebo que estou indo rápido,
desrespeitando teu ritmo e não adianta te cobrar movimento, é teu tempo, eu sei,
de outra forma, estragaria tudo.
Todo meu ser espera teu toque, tua hora, nosso dia, nossa vida...

Te amo, criança!