"A roda? Não sei se é você que escolhe, não. Olha bem pra mim - tenho cara de quem escolheu alguma coisa na vida? Quando dei por mim, todo mundo já tinha decorado a tal palavrinha-chave e tava a mil, seu lugarzinho seguro, rodando na roda. Menos eu, menos eu. Quem roda na roda fica contente. Quem não roda se fode. Que nem eu, você acha que eu pareço muito fodida? Um pouco eu sei que sim, mas fala a verdade: muito? Falso, eu tenho uns amigos, sim. Fodidos que nem eu. Prefiro não andar com eles, me fazem mal.
Você não conhece esse gosto que é o gosto que faz com que a gente fique fora da roda que roda e roda e que se foda rodando sem parar, porque o rodar dela é o rodar de quem consegue fingir que não viu o que viu. Boy, esse mundo sujo todo pesando em cima de você, muito mais do que de mim e eu ainda nem comecei a falar na morte..."
Caio Fernando Abreu em "dama da noite"
quinta-feira, 4 de junho de 2009
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Dentro
E eu, boba e distraída, não havia percebido que enquanto abria os braços para deixar que o passado se fosse, braços esses doídos por agarrar durante tanto tempo um ideal pesado e idealizado demais, a vida estancava toda dor ao me abraçar...
abri os olhos e como num sonho: acordei!
abri os olhos e como num sonho: acordei!
quinta-feira, 7 de maio de 2009
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Teu discurso... (série sonho)
ouvi tua voz,
teu rosto tão lindo, sorrindo.
tua boca falando brincadeiras e sorrindo
a me beijar.
como quem diz:
- besta, eu brinco de ficar longe.
não acredite na distância se mesmo longe
podes me sentir!
e eu pensei nesse tempo que chorei acreditando
nessa distância inivisível que nunca pôde, nem poderá entre nós existir.
teu rosto tão lindo, sorrindo.
tua boca falando brincadeiras e sorrindo
a me beijar.
como quem diz:
- besta, eu brinco de ficar longe.
não acredite na distância se mesmo longe
podes me sentir!
e eu pensei nesse tempo que chorei acreditando
nessa distância inivisível que nunca pôde, nem poderá entre nós existir.
sexta-feira, 24 de abril de 2009
domingo, 19 de abril de 2009
do amor.
Então ele disse:
- Até que fim...
E ela zangada, retrucou:
- Fim? fim? Até que nossa estória chega ao fim, é isso?! Eu sempre soube disso, barba!
Porque você não disse logo? fica com todo esse discursinho barato onde eu entendo menos da metade do que falas ao prestar atenção apenas em como balbucias as palavras, e agora quando penso que está resolvido vens me falar em fim. Acho que pros relacionamentos também devia haver um contrato, isso mesmo, exatamente como fazemos ao pertencer a uma empresa. Por isso tudo no mundo corporativo é certeiro. Por que é aquilo ou não é, e se alguém depois vier dizer que num foi assim, tem lá a assinatura comprovando a aceitação das condições.
Ele, sorrindo, diz:
- Você só entende o que quer... eu disse até que fim chegamos a uma solução.
Então, ela sorrindo ainda mais, diz:
- Ah amor! é que teus lábios ficam irresistíveis quando falas feliz e eu quase não consigo utilizar os outros sentidos quando meus olhos quase que penetram teu corpo, desculpa barbinha.
E ele sentindo-se pleno e compreendido, declara feliz aquele poema que lhe trouxe a sorte de ter rosinha ao lado seu.
...
- Até que fim...
E ela zangada, retrucou:
- Fim? fim? Até que nossa estória chega ao fim, é isso?! Eu sempre soube disso, barba!
Porque você não disse logo? fica com todo esse discursinho barato onde eu entendo menos da metade do que falas ao prestar atenção apenas em como balbucias as palavras, e agora quando penso que está resolvido vens me falar em fim. Acho que pros relacionamentos também devia haver um contrato, isso mesmo, exatamente como fazemos ao pertencer a uma empresa. Por isso tudo no mundo corporativo é certeiro. Por que é aquilo ou não é, e se alguém depois vier dizer que num foi assim, tem lá a assinatura comprovando a aceitação das condições.
Ele, sorrindo, diz:
- Você só entende o que quer... eu disse até que fim chegamos a uma solução.
Então, ela sorrindo ainda mais, diz:
- Ah amor! é que teus lábios ficam irresistíveis quando falas feliz e eu quase não consigo utilizar os outros sentidos quando meus olhos quase que penetram teu corpo, desculpa barbinha.
E ele sentindo-se pleno e compreendido, declara feliz aquele poema que lhe trouxe a sorte de ter rosinha ao lado seu.
...
quarta-feira, 18 de março de 2009
de souza silveira.
e quando eu penso que eu virei a página,
que te esqueci e viver voltou a me trazer alegria e leveza...
vem você num sonho, me mostrar o quanto eu poderia ser mais feliz.
que te esqueci e viver voltou a me trazer alegria e leveza...
vem você num sonho, me mostrar o quanto eu poderia ser mais feliz.
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