domingo, 23 de novembro de 2008

Quase. (Série paixõezinhas pequenas)

E de repente chega os pingos dos "is".
Sem esforços, sem penar.
Uma atmosfera de medo, cuidado e mistério se constrói ao meu redor,
tento atravessá-la afim de não ser traída por ela.
Entretanto, fora dela sinto-me desprotegida e exposta, logo eu ora essas!
Tão habituada a exposição, mesmo que tenha que ter trabalhado dura e
cansativamente pra atingir essa condição...
Outra pessoa, outra situação - embora, seja da natureza humana comparar o novo ao já conhecido - tento então deixar escapar pelos poros, ser natural e esperar alguma reação à toda essa naturalidade. Penso eu, que seria essa a única e verdadeira conquista, o que mais posso fazer é melhorar o que sou, escondê-lo jamais!
Paro, respiro, olho ao redor: sinceramente?
É preocupar-me demais com o incerto, enquanto o essencial encontra-se temporariamente desabrigado e esquecido, o eu.

sábado, 1 de novembro de 2008

Entre o desespero e a esperança - Nilton (série paixõezinhas)

Será que te deixam dormir, meus ávidos pensamentos?
Será que incomodam ou irritam?
E mesmo que veemente, serão reais meus desejos?
Acho tão pouco provável que toda essa fantasiosa criação de realidade não seja uma fuga.
Mas, afinal, o que não é?
Procuramos pessoas para fugir da solidão.
Buscamos a felicidade para fugir da tristeza.
Corremos atrás dos nossos objetivos pra fugir da inércia.
Que seja perdoada então, a forma como me concentro em ti agora, mesmo que não seja somente por ti e sim pelo que me tornaria se estivesse ao teu lado todo tempo, de alma, sem medo, sem calma.
Nosso avanço é pertinaz, acontece vagarosamente a cada minuto e eu sei, é materializado por mim, que ora essas, tenho esse dever já que cobiço teus lábios, como uma louca cobiça a sanidade.
Eu preciso fugir do instante em que me encontro longe, amedrontada e saudosa pra ficar em paz.


Layse de Moura Santa Rosa - 02/11/2008